soneto do medo e da pressa

rapidamente cresce

e mais rapidamente murcha

o que é dito sem ressoar

no mais profundo da alma

palavras insustentáveis

na sua teia de mentira e leveza

desenho de luz e sombra

mandala de miragens rede

que encobre a falta excesso

vestindo a carência um grito

feito de debilidade e cinismo

e eu me incluo na corrente

quando não espero noturno

que a aurora vença o medo

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 19/01/2018
Código do texto: T6230796
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