Favela
Pelas bocas, trabalham, aviãozinhos
Feito olhos de águia, atentos ao movimento
A droga branca é posta em pininhos
Sugam narinas, na brisa leve do vento.
Na extensa noite as viaturas perseguem
O chefe da vila, à procura de pistas
Subindo na moto, ligando o farol, acelerem...
Com elásticidade de circos malabaristas.
Deu o perdido, escapou, não encontram mais,
A milícia disfarça e, pensa que engana
Fingindo procurar tal malandro chefão.
Que chegando no cativeiro do mal,
Passa o rádio aos polícia, cafetão...
No mesmo barraco com o saco de grana.