Soneto Último do Fim
Diz-me como faço morrer esse pranto?
Como calo o coração à gritar teu nome,
Jurado à sozinho ficar sem tua fronte?
Não demore...me verá sob um manto.
Longe ouço teu riso; até ontem me adoçou...
Feito fel, ficou para fazer companhia a mim.
Estás agora à cortejar outras faces...é fim...
Deságuo em lágrimas. Nosso eterno não vingou.
Em vão, ainda faço arranjos de meus
Já ressequidos versos para abrandar-me.
Não há seiva...sim raízes mortas do que viveu.
É notório, de amor eu morro! Pois meus olhos
Já arqueam incapazes por não mais a ti terem...
Abraçam-me...penosos, seguem doloridos.
Jack Sousa