SUFFICIT
Os dedos que apontam
Aos quatro cantos e erram
Sem coração, bocas cantam,
E há outras tantas que berram.
Com dedos fazem-se contas
Dos bancos que mandam pra fora
Nas praças os bancos contas
São só bancos que contas agora.
E há gente que bolsa carrega
No vai e vem da praça de bancos
E bolsa que cai quando se escorrega
E há bancos com bolsa cheia
Do lar com barrigas em branco
Fome, das crianças, na casa pobre e feia.