MÁSCARAS
(Interação ao poema Veste dos Hipócritas, do
poeta Gilberto Oliveira)
“Faça o que eu digo, não faça o que eu faço”,
Assim age o hipócrita contumaz,
Com sua língua afiada como o aço
Criticando no outro aquilo que faz.
Não pratica o que realmente ensina,
Vive uma vida de completo fingimento,
Com a máscara que se adéqua ao momento,
Tal qual um ator quando em sua pantomima.
Enquanto aos incautos mostra-se perfeito,
Internamente tem a alma em desalento,
Ao sentir a enormidade de seus defeitos.
Em vão tenta redimir-se, mas não tem jeito,
Pois a verdade lhe traria sofrimento,
Só lhe resta encarar seu viver suspeito.