Soneto a nossa velha cajazeira
Cajazeira querida árvore pura
Foste presa da negra ingratidão
Padeceste a miséria do sertão
E viveste na tosca desventura
Eu te trato com arte e com lisura
E te presto na minha louvação
O respeito sincero a gratidão
De um poeta que vive da ternura
Cajazeira sagrada tu sofreste
No lugar humilde que nasceste
Deixaste a tua história registrada
Tu ficaste em mim com uma lembrança
Registrando meu tempo de criança
E o respeito da minha terra amada