INOCÊNCIA

Quero voar num sonho sem fim,

Não acordar na realidade de mim,

Sem asas, sobre as incertezas, voar

E para as desconfianças as costas virar.

Quero planar num sonho assim,

Não ligar ao que pensam de mim.

Ter a consciência a não me acusar

E minhas mãos limpas posso levantar.

Não tenho parte alguma com Orfeu!

Cultivo só a Rosa no meu jardim,

A Santa Flor, que mudou o meu fim.

Ah! Sonho meu! Sonho meu!

Oxalá pudessem estar em mim

E saberiam porque sonho assim!