Castigo
Esquecido, meu amor, pelos becos e vielas
Quão nítido rosto foram aves noturnas,
Às amargas lembranças quase diurnas...
Do jantar, o teu corpo belo à luz de velas.
Viam filhos, virou verso, não casamento;
Nas igrejas a fé cristã nos contestou.
Pelas lavas, o amor queimou, escorregou...
Destravando; é ser de alma em firmamento.
Agora prefiro perambular igual um cão,
Que cata invisíveis resíduos na rua da solidão
Por vezes, por vestes sujas, sem solução...
Vejo trilhos, vejo uns trens, despercebidos.
Pelo raio, ventania forte Iansã te levou,
Graças; Ó pai que me livrou desse castigo.