Abstrações com o tempo
 
Pelo fim da tarde com o dia filtrado
Eu represo o tempo que à noite escalo
Decanto seus pesos presos pelo ralo
Madrugo sozinho e durmo extenuado
 
São águas passadas em sonhos ligeiros
Que esqueço em frações que os substituem
Dos que apreendo poucos contribuem
Tal como acordado quando os peneiro
 
Na nova matina não sei como fluem
Como se destinam: falso ou verdadeiro?
Se brilham ou se escondem presos no barreiro
 
Deixo ao acaso que o presente atue
A cada chegado momento inzoneiro
No passar do tempo sou só o ponteiro