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AVAREZA [774]
 



Ninguém no corpo nasce com teteias,
que nós ao mundo vimos sem teréns;
e a vida, nos inúmeros vaivéns,
te exige é que bem trajes mais ideias.
 
 
Se tu depões nuns trastes teus reféns,
provável não colheres azaleias,
só fiques nos delírios das plateias
e nem flores desfrutes dos teus bens.
 
 
Despoja-te dos teus supérfluos mais
e agarra tão somente os cabedais
que tua alma transporta por roupagem.
 
 
A avareza, a pior das provisões,
pesa muito e, sequer em caminhões,
teus berloques serão melhor bagagem.

 
 
Fort., 10/01/2018.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 11/01/2018
Reeditado em 11/01/2018
Código do texto: T6222805
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