NO MORMAÇO CRIEI MINHA ILUSÃO.

Foi no mormaço que eu criei minha ilusão

Mas logo em seguida então o tempo estiou,

Bagunçando em tese as meras sensações,

Desordenando um pretenso afago de calor.

Quando precipita-se esta neblina tão suave

A minha mente passeia solta pelos campos,

Imaginando-me dentro de uma aeronave,

Apreciando deste mundo os seus encantos.

Me bate o vento frio dosado pela umidade,

Arrefece o pensar destrambelhado a revelia

Do meu desconsolado nasce alguma alegria.

Mas com as águas se diluem minhas paixões

Me vem o senso de um sabor comprometido,

E estas idéias vão ganhar novas combustões.

PUBLICADO NO FACE EM 10/01/2012