Saltos da imaginação
 
O desejo que haja mais do que se vê
Nos destinos, nas pessoas, nos afetos
Tal como se sabe haver no universo
Que é certo: o futuro vive a prometer
 
É o subestimado grande combustível
Vivido oculto em todos os anseios
O filão que permeia, o intrínseco veio
Que a sobrevivência faz ser desprezível
 
O instrumento corpo, máquina incrível
Que se imaginada apenas ser possível
Por certo, diríamos sem boca: não creio!
 
Pois tal como agora não conceberíamos
Sem notar que o pensar por si exibiria
A noção de existência que é o próprio seio