SONETO À MODA ANTIGA 02

“À proa com Jorge de Sena”

Recriar um soneto bem “à moda antiga”

Trata-se porventura duma tarefa aziaga,

Uso pena e não tenho espada nem adaga

Pois é como injectar veneno, eu que o diga.

Ir à fonte dos bons Clássicos é uma fadiga,

É como se, com luvas, estilhaçar fraga…

Longe de mim querer lançar alguma praga

Que a vida da Cultura a isso me obriga.

Ilustres Vates, de antigamente e de agora,

Reparai como Jorge de Sena fez desmaios:

Provocou todos os poetas com seus raios

Mas espalhou Poesia pelo mundo fora!

Dante, Petrarca, Shakespeare e até Camões,

Que grandes e desnecessárias consumições!

Frassino Machado

In AO CORRER DA PENA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 08/01/2018
Reeditado em 08/01/2018
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