CARRETEL DE RAIOS - Quase soneto.
Linhas fugazes a desenhar no ar
Relampejam no céu carreteis de luz
Mil superstições a se embaraçar
De crédulo fazer o sinal da cruz
Repentinos raios em meio ao enegrecer
Das nuvens em lágrimas a derramar
Prelúdio de um arco-íris a aparecer
E linhas coloridas estender no céu
Pegue um giz de cera e um papel
Num lampejo dê asas à imaginação
Risca que risca tente copiar o céu
Viver é um nó de linhas sem direção
Desalinha o sentido... cabe a cada um de nós
Todo dia desenrolar às sós o seu carretel