CAÇADA
Quantas partes de teu corpo abrir
Os espantosos tantos tons de rosa
Morto menino quando a descobrir
Um feito homem do gozo desposa
Dos movimentos sempre a repetir
O ato reto a trama carinhosa
e do pecado que eu não quis ouvir
sorver dos poros seiva milagrosa
Escuro cego nas pontas dos dedos
reconhecendo, há sim mais beleza
Ao cheiro, ao sabor e nos segredos
na leve sucessão de sutilezas
que morrem os demônios e os medos
e o predador descobre ser a presa