Não sei
Edir Pina de Barros
Algo morreu em mim, não sei dizer ao certo,
se foi um sonho azul, se foi a fantasia,
o encanto de viver, o amor que eu tanto cria,
os pobres versos meus que ao mundo sempre oferto.
Não sei! Eu não sei não se foi a poesia
que feneceu em mim, em meio ao meu deserto,
se tudo há de passar e logo me liberto
da dor que me corrói e tanto me angustia.
Não sei o que restou – pois eu perdi o senso –
e o nó que trago em mim não ato nem desato,
eu sei que nada quero, em nada mais eu penso
Eu não sei, não, dizer o que morreu de fato,
apenas sei dizer desse vazio denso
e dessa dor que sinto ao ver o teu retrato.
Brasília, 26 de Dezembro de 2018
Edir Pina de Barros
Algo morreu em mim, não sei dizer ao certo,
se foi um sonho azul, se foi a fantasia,
o encanto de viver, o amor que eu tanto cria,
os pobres versos meus que ao mundo sempre oferto.
Não sei! Eu não sei não se foi a poesia
que feneceu em mim, em meio ao meu deserto,
se tudo há de passar e logo me liberto
da dor que me corrói e tanto me angustia.
Não sei o que restou – pois eu perdi o senso –
e o nó que trago em mim não ato nem desato,
eu sei que nada quero, em nada mais eu penso
Eu não sei, não, dizer o que morreu de fato,
apenas sei dizer desse vazio denso
e dessa dor que sinto ao ver o teu retrato.
Brasília, 26 de Dezembro de 2018