Choro

Qual a liturgia que procuro?

Que cenarios e atores frios

Procedem de dentro dos rios

Do meu abismo, intelécto obscuro

Que língua ouço agora...

Flamejar contra meus ouvidos

Maculando os tempos (não idos)

Quem dera fosse já , o albor da aurora

Este sonho que mantenho escondido

De um não-viver , ainda vivido

É o que faz planger o peito agora

Não fosse do sangue que me escorre ao rosto

Sentiria eu outro (des)gosto

Tão amargo, daquele que chora.