Você não sabe
Você não sabe da saudade que sinto.
Do desassossego, das noites insones.
Da febre e delírio por desejar - te tanto
De dormir e acordar chamando teu nome
Você não sabe que nesse silêncio adormeço
E viajo em falsos sonhos fugindo de mim
Tentando resgatar talvez nosso começo.
Na tentativa de adiar o inevitável fim.
Você não sabe da necessidade selvagem e louca
De sentir pra sempre o gosto da tua boca.
De abraçar-te nas noites frias de inverno
Você não sabe do fascínio que ainda existe.
E do desejo ardente, insano que persiste.
De adormecer nesse abraço quente e terno.