Iceberg
O baú, resignado sob a cama,
guarda roupas, objetos, souvenirs,
retratos, desenhos, memórias, dramas;
também alguns poemas que escondi.
Autoria: Eu. Público: Eu, também.
Textos que ninguém pode apreciar.
Selvagens, importantes, me convêm...
Seu valor? Fazerem-me despertar.
Documentos de lágrimas e risos
ajudam-me a lembrar que sou capaz,
pois cruzei infernos e paraísos.
A força em meu olhar que a calma traz
submerge cada medo, se preciso.
Tristezas? Dores de amor? Nunca mais!
(27/12/2017)