Andressa
A que Musa devo comparar-te?
A que esmerados olhos de Atenas,
Que toque suave, o de Hera, apenas?
Que Amor igualo ao teu, só Afrodite?
E as ninfas o que são a ti diante?
Que aves, que florestas, que campinas?
Que a ti toda a Natura não fascinas:
A lua, sol e mar te é tudo infante!
E se comparo-te a coisas vulgares
É que falta a Tudo esta destreza:
Que o Amor não se ajunte a duro Ares;
Que ao leito do Amor não deite Paris!
E se pinto-te assim sem tua beleza
Que basta-me o teu nome, só, Andressa.