Entre nós o deserto.
Eu a sentia cada vez mais perto!
Com aquela sensação tão boa,
Inerente aos corações abertos.
Eu a tinhas como o mar tem a ostra!
Ela era minha como o sol é do dia,
Mas não por achar que eu a tinhas!
E sim por que não poderia ser dela.
Era ela tudo de bom em mim e faltava.
Eu nunca fui nada para ela e amava.
Como a tal impasse não podia vencer,
Covardemente procurava me esconder.
Mas ela sempre esteve muito perto!
E se não fosse entre nós o deserto!
A nós mesmos poderíamos sobreviver.
NUNES,Elisergio.