Soneto para um álbum de fotografias
Fotografias ecoam em mim
Não as enumeradas
Como se a vida assim pudesse
Alinhar no corpo seu curso
Antes aquelas que guardam os olhos
Mirando outros olhos
E se revelam por dentro
Imersas desde sempre no rio vermelho
Fotografias acordam-me na madrugada
E um álbum de palavras e cheiros
Revisita o clamor dos meus sentidos
Sempre úmidos e à espera
De que o significado desconhecido
Se invente nas tardes ainda não fotografadas.