Uma viagem ao interior.
As vezes me pego perdido em meio a teia,
De pensamentos que os sentidos enleia.
Onde se confundem a viagem e o viajor.
Onde o ser do querer se torna pensador.
Onde ditos amigos somem-se na areia,
De interesses que o philéo ata na peia.
Que o ter se faz visto mestre e senhor.
Amigos de ninguém, só o orgulho é altor.
E neste viajo ao meu solitário interior.
Eu rio e choro, no amassamento da obreia.
Ao mesmo tempo sou massa e amassador.
Transformado e transformador luz e candeia.
Que se alimenta do Espirito consolador.
Que pra vida que é ouro na bateia, pão pra ceia.
(Molivars).