Mundo dos mortos
Eu vejo nesse mundo uma ilusão
Todos perdidos em meio a fumaça
Por coisas que corroem pela traça
Por coisas que são plantadas neste chão
Vejo em tudo uma repulsiva decomposição
Não sinto na minha vida a mesma graça
Vou perambulando em meio as carcaças
Na mais completa e amarga solidão
Nada mais me parece ter sentido
Perdi minha fé que há campos floridos
Pois tudo que há além é duvidoso
Enquanto eu escrevo este soneto
Outros romantizam os esqueletos
Enquanto eu falo do que é doloroso