Hieróglifos
 
Talvez deveras amasse às tuas estranhezas
Só talvez, porque ainda nem bem as conheço
Devem ser no cosmos os seus endereços
Como então diria poder ter certeza?
 
Estas minhas parecem mais perto
Para que traduzas com alguma calma
Talhando em hieróglifos gravuras na alma
Da linguagem do ser para a do universo
 
Quem sabe o meio, mesmo que disperso
Na interação de atos junto ao carma
Tornes híbrido teu abstrato e o meu concreto
 
E do plano cósmico pelo qual te interessas
Surja em dimensão por ambos decifrada
Uma possível síntese que nos atravesse