Lobo Solitário
Avistei o lobo solitário na noite densa,
Portando trajes sujos, esfarrapados.
Sem norte, vazio, mencionando crença,
Pedindo ajuda pra nós, os favelados.
O relógio gritava, são altas horas,
Aflito e chorando, o lobo se escondeu.
Unhas grandes, mãos sujas, pediu esmolas,
Ao padre que encontrou lá no museu.
Com a batina roxa e branca, rasgada...
Puxou dos bolsos uns míseros trocados,
O padre empenhado em ajudá-lo.
Nessa exata hora um clarão abriu o céu...
Anjos ou demônios? Vieram buscá-lo!
Vá acertar sua conta no caldeirão dos réus.