Deixe-me dormir

Atentai! Não despertai-me ao amor,

se não vieres no fim de tarde!

Dos sentidos, meu coração arde;

Conjuro-te, não prenda-o ao desamor.

É tão puro...estancar-se, não sabe,

caso sangre.Tu nem cogitas quão

infante ele é. Esperançoso, tão

ingênuo, rosas de secos galhos colhe.

Deixe que eu durma, para que eu

não te veja, floresça vão querer,

ficando em mim como quem morreu.

Qual lança com destino traçado,

és o amor à acordar-me e ir-se

embora, sem em nada ter me amado.

Jack Sousa

Pela fresta
Enviado por Pela fresta em 13/12/2017
Código do texto: T6198224
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