Pintura de Renoir
A INGRATIDÃO
[768]
O coração dos bons é tal a messe
na qual a ingratidão jamais se senta;
ou entra, mas também não se aposenta,
porque lá dentro nunca reflorescesse.
Pois que se dê implícito na prece
o que, reconhecido, sempre tenta,
com seu agradecer, meter a venta,
que a gratidão deveras engrandece.
Assim, como vilã, mulher sem jeito,
pior – talvez! –, vilã mais desprezível,
a ingratidão não flora num bom leito.
Portanto, faz ao que te faz um bem,
como Da Vinci, linda, no possível,
da gratidão mulher que te convém.
Fort., 12/12/2017.
A INGRATIDÃO
[768]
O coração dos bons é tal a messe
na qual a ingratidão jamais se senta;
ou entra, mas também não se aposenta,
porque lá dentro nunca reflorescesse.
Pois que se dê implícito na prece
o que, reconhecido, sempre tenta,
com seu agradecer, meter a venta,
que a gratidão deveras engrandece.
Assim, como vilã, mulher sem jeito,
pior – talvez! –, vilã mais desprezível,
a ingratidão não flora num bom leito.
Portanto, faz ao que te faz um bem,
como Da Vinci, linda, no possível,
da gratidão mulher que te convém.
Fort., 12/12/2017.