Soneto e soluço
Escrevo pra tentar conter o choro
A angústia no peito se apresenta
Um homem adulto se apoquenta
E as lágrimas ferem-lhe o decoro
Um homem que chora, desaforo
E o motivo? Paixão, que baixaria
O ser abandonado é mau agouro
Deixar morrer a míngua, covardia
A face fria, o semblante sereno
Esconde a taquicardia e o medo
Um leve tremor no cerrado cenho
O homem sabe guardar segredo
Carrega consigo a própria vilania
O soluço, o choro e o desespero