Minha Solitária Rua
Não acorda mais sonhos dentro
indiferente deixa-se voar ao vento
perdida não me concentro
não sei se mudo de rua ou o rumo do vento.
Disfarço minha tristeza
tento uma saída, quem sabe uma poesia.
Maldita rua, fica pé na dura certeza
não lê minha oferta, minha doce carícia.
Parceira de tantos anos, encantos
hoje passa passos ocos, ouvidos moucos
não pensa mais comigo nos bancos.
Deserta de mim, presa nas raízes
tento a última jogada, preces a lua ou morro ,
neste hoje jardim de lágrimas e cruzes.
22/08/07