SEM ESTORNOS...

Nos olhos mais lindos que já vi,

A triste palavra foi de adeus,

Ali, meu Deus! Frio verniz,

A cor que vi... Foi a de breu.

Dos lábios que nunca me esqueci,

O que ouvi? O Silêncio apareceu,

Ali, meu Deus! Sabor não senti,

O som que ouvi... A mim emudeceu.

Lembranças ainda restam no corpo,

Em tato contínuo... Sem estornos,

Os serenos sussuros de antes.

Emanando toques em todo o entorno,

Essência alheia ao certo e ao torto,

Como se houvesse ainda alguma chance.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 10/12/2017
Código do texto: T6195198
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