SEM ESTORNOS...
Nos olhos mais lindos que já vi,
A triste palavra foi de adeus,
Ali, meu Deus! Frio verniz,
A cor que vi... Foi a de breu.
Dos lábios que nunca me esqueci,
O que ouvi? O Silêncio apareceu,
Ali, meu Deus! Sabor não senti,
O som que ouvi... A mim emudeceu.
Lembranças ainda restam no corpo,
Em tato contínuo... Sem estornos,
Os serenos sussuros de antes.
Emanando toques em todo o entorno,
Essência alheia ao certo e ao torto,
Como se houvesse ainda alguma chance.