Soneto do querer

És pra mim como a primavera,

cujas flores, nem ouso querer;

Botões à mimar meu viver;

Sondo teus passos, doce quimera.

Ah, prateia a lua e me dizes

que ficarei sem a sã riqueza

de teus olhos; não é futileza,

te digo; são teus aprendizes...

Meus dedos costuram versos

de saudade; por vezes deixam

risonhos meus lábios e sonhos.

Murmúrios à noite; meu vivente

não adormece e tuas folhagens

tão raras, meu peito só te apetece.

Jack Sousa

Pela fresta
Enviado por Pela fresta em 10/12/2017
Reeditado em 10/12/2017
Código do texto: T6194832
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