À ESPREITA

Urubuzava por entre os garranchos,

tal ninfa, u'a "nereida" da caatinga,

vendo que eu estava nu naquele rancho,

à espreita, u'a deusa nordestina!

Por quê me olhas? Sempre eu te acho,

ao alvorecer na aurora matutina,

o teu fetiche, ê esse jeito guacho,

o que me encanta, é o teu jeito felina!

Uma deusa, a princesa do riacho...

do outeiro, das matas e campinas,

à tardinha e à noite eu sempre acho!

Por sobre espádua esse olhar menina,

encantadores os teus belos cachos,

inda à espreita, u'a ave de rapina!

fcemourao
Enviado por fcemourao em 08/12/2017
Código do texto: T6193961
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