Insônia
A noite me perpassa lentamente;
Navego em desesperos e cansaços...
Morcegos pairam sobre minha mente;
Corvos pinicam os meus olhos lassos.
Fantasmas voam displicentemente;
Ouço os ponteiros, seus estardalhaços...
O coração, desconsoladamente,
Vai caminhando no seu descompasso.
Nessa aflição maldita me encurralo.
Tremo e transpiro em minha cama fria...
Na própria solidão eu me agasalho.
...O que mais me entristece e me angustia,
Não é passar somente à noite em claro,
E sim vagar na escuridão do dia.