Pinga Fogo
Exu gargalha, enterra pratos na floresta,
Pinga tocha de fogo, afastando os eguns.
Ofertei-lhe o charuto acendido pela vela,
Capa preta, sangue vermelho e corpos nus.
Face frente copos, corpos rente à luz,
Profano meus pedidos rodeando sete vezes.
Trago semanas em pé a fumaça da cruz,
Do mandato ancestral o barril tem sede.
E cumpro a promessa oferenda do espírito...
Pago cédulas de réis retribuição cá arte.
Consolo ferimentos, lágrimas, olhos rígidos,
E a cachaça pela esquerda d' meu calcanhar.
Molhando à terra em círculos teus filhos,
Laroyê! Mojubá! Exu Seu Pinga, vim lhe saúdar.