Prosopopéia

Cadeira quebrada,

Coitada, não serve mais de acento...

E fica num canto jogada,

Maltratada ao relento...

Cadeira quebrada,

Que não se junta mais a mesa,

Mas espera ser reformada,

Com a nobre mão inglesa...

Para depois ser pintada,

Devidamente laqueada,

Com a cor do marfim...

E ha quem esperava um devido fim,

Termina assim essa odisséia,

Da cadeira e sua prosopopéia...

Marco Ramos
Enviado por Marco Ramos em 22/08/2007
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