VIDA SEM ARTE - (dueto)
AILA & JUDD
Porquanto sobre nós, pairava a arte,
E em cítaras, os sonhos embalavam,
Um amor 'blue', consagrava-se, destarte,
Dois corações, em festa, consagravam!
Mas em nós, se perdeu a melhor parte,
Loucuras de amor, não mais celebravam
Os meus anseios, na ilusão de amar-te;
E ao léu, todos os sonhos, balouçavam.
Reflexos que essa história reservou,
Dos erros que plantamos nesse amor,
Com o ciúme, invadindo nossas vidas...
E as feridas na alma, se encrustando
Pelas brigas; e as lágrimas rolando
Ao chão, despetalando margaridas.
(AILA BRITO)
Meu amor a vida sem arte é um mistério
Tantos erros eu cometi inconsequente
Te perder não! Por favor me leva a sério
Todo dia eu te perdia por acidente.
Aceite, austero pedido demente
Releve nosso amor com todo critério
As chaves da vida que perdi bestamente
Ai meu Deus! Perdoe ela o meu adultério.
Que os ciúmes não a tornem indiferente
Esqueça ela as brigas, ferida inquieta
Toda lágrima na face rolando indolente.
Seja eu um oásis de puras verdades
Não a seca debochada margarida
Provocadora de ruínas e saudades.
(JUDD MARRIOTT MENDES)
OBRIGADA, JUDD, PELO CARINHO E PELA BELÍSSIMA
RÉPLICA!
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Bela interação do poeta JAIR LOPES. Grata!
Há vida sem arte?
Eu pergunto, é possível viver sem arte
Aquela vida que, no fundo, valha a pena?
Somente fazendo cada um sua parte
Sem embelezar-se, uma vida pequena?
Sem fazer criação qualquer de coisa alguma
Apenas copiando o que por aqui existe?
Sem ter produzido algo seu, que então assuma
Com orgulho mantendo a cabeça em riste?
Sim, tudo isso, talvez, bem possível o seja
Para aquele que pouco lhe importe tal lida
Que não se importe de seu bolo sem cereja.
Mas prum vate, a arte deve ser entendida
Como servida a caráter numa bandeja
Porquanto sua arte é pra si, a própria vida.