No caminho

Pelas bordas, a grama em fresco e verdejante

tom, ao todo caminho amplamente se estende.

No centro, ao chão, um brilho original esplende

Dos ladrilhos a ornar o caminho em diante.

Uma folhagem densa oculta o radiante

Sol, num sombreamento a tudo compreende...

Poucos feixes da luz, que em entrar se empreende,

Penetram no trajeto e beijam-lhe o semblante...

De mármore um conjunto em esculturas resta,

Ainda que, mudado em raízes e espinho,

Tomado por algum deus velho da floresta...

E As flores caem como uma chuva, em confetes,

Do arvoredo que como a guarda de trompetes

Flanqueia e as graças dá a quem passa no caminho.