Soneto A vida de um triste
Eu preciso cantar minha derrota
Minha vida macabra, o meu tormento
Meu soneto é feito do lamento
Desta vida satânica e idiota
Ser fiel neste mundo ninguém nota
Pois a vida é tosco fingimento
Sou vítima nefária do escarmento
Da desgraça hedionda e da chacota
Já cansei de sofrer tanta maldade
Porém agora com o peso da idade
Vejo a morte cruel do meu destino
De sofrer neste mundo não sossego
Este fardo nefando que carrego
Pesa em mim desde o tempo de menino.
Antônio Agostinho