Balas de Farol
Sentado, pelas relvas em busca da carne,
Crianças descalças escarram zig zags.
Fechado, o farol vermelho aponta' u alarde,
Em seu dedo bolando a triste face.
Os adultos parecem nem se importar,
Daquela careta realidade que nos aflige.
De boca em boca, oferecem bala pelo bar,
Brisados, coitados, vão dar vertige.
Entre idas e vindas, pra lá e pra cá,
Curioso, como sou chamo-o pro diálogo...
Ei, moleque... por que não vai estudar?
- Sou um capitão da areia meu senhor!
Nesse Brasil de mimimi, e buchichos...
Quero mais é que enforquem o governador.