Soneto duplo, mas independentes um do outro

Pensando no que penso, Fico penso e adormeço

peço ao tempo que sobra pra fazer mais poesia

há o veneno, a cobra e Eva há tempos dizia

bate Deus, que eu mereço, ri de mim sem apreço.

Penso na vida! Desde Adão Vê-se os muitos tropeços,

o povo perdeu endereço, o que vos dirá meu soneto?

Como encontar solução? Pode o branco e ou preto

virar e, ligeiro, do avesso, viro o papel e te ofereço

E sigo em versos sadíos, Omar eu rimo com o rio

não em termos arredíos, com o coração tristonho, vazio,

vendo a poesia ir liberta, não se aperta, vai e avança.

Qual pintor pinta sua tela Brinco com caneta e papel

finge a palavra de bela passeando estrelas e céu

de forma simples, esperta. Arte! O feitor nunca cansa.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 29/11/2017
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