ACEITAÇÃO

Ah! Esse sonho insistente que me tortura!

Um painel de imagens reascende lembranças,

Mostra perdas e mata quaisquer esperanças...

Deixei voar minha mais sublime candura.

Vasculhar o tempo e remontar aparências,

Desvendar trevas, decifrar o indecifrável,

Sonhar, sonhar e lhe imaginar intocável...

Saber qual ponto é o seu ponto de convergências...

Se na mesma pedra que deitei na estrada

E por tantas mil vezes topou indignada;

Porém alheio, a deixei sofrendo sozinha.

Dores não passam, apenas trocam de peitos;

Depois se apropriam e não há outro jeito:

Devo aceitar essa dor que agora é só minha.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 29/11/2017
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