MORTO EM SILÊNCIO...

Já sou espírito, já sou fantasma,

Simples dor que no tempo vaga,

Sussurrando ao vento a minha penúria,

Aos ouvidos surdos de alguém infeliz.

Espectro relutante, alma ambulante,

Um resto de vida, sopro tardio,

Notícia atrasada, o fim de estrada,

De alguém que morre e a lápide não diz.

Sucumbido à força, face inexpressiva,

Mãos que procuram em vão por luz,

Mas não alcançaram o que sempre quis.

Relembrando erros entre tolos gestos,

Arrependimentos que os desenterram,

Nesses zumbidos, e deles não me desfiz.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 28/11/2017
Código do texto: T6184720
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