Alma Despida.
soneto - Alexandrino
Nua alma assombra, se soberana na luz;
Ao pensar, vencendo pela glória nua
Vivos seres, à sombra da sorte reluz
Num viver e querendo sempre a luz da lua!
Esbelto ser compondo se na luz do amor,
Suspira a alma no tempo de que se corrói;
No atrair o perfume contorna o sabor:
Alma se de boêmio sonhos que constrói.
Sendo nobre se, no entanto, sendo a matriz,
Filial não cansa por nua alma, porém:
Sonhos que acalmam são dos caprichos de atriz.
Continuando invisível e sempre além
Alma que mesmo sem as vestes se feliz
Implica nos amores, lembranças de alguém
Barrinha 25 de novembro de 2017
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