OCASO HUMANO
Composto no celular
Lânguida face com profundos sulcos;
Marcas duras do verossímil tempo;
O corpo curvo, espécie de templo,
A dizer horas feito um velho cuco.
Atro da vida, Introito-caduco,
A receber na face últimos ventos!
Impressão viva desse momento,
Na tez miscigenada de um mameluco.
O tempo cumpridor, tal qual o sol,
Que desde as nuances de seu arrebol,
Perfaz todos os páramos da existência...
Chega ao grande final num ocaso,
E estampa no semblante: fim de caso!
Para o desenrolar de uma outra ciência!