SUA ANSIEDADE, MINHA CALMA (soneto 1)
Levem meu coração. Fique a razão.
P’ra semear os meus versos, cheio de amor.
Meus versos feitos com o coração
P’ra minh’alma não vir a ter tal dor.
Dor que corrói, maltrata com pendor
Que não adianta achar u’a solução.
Pois se achar será sempre um sofredor
Contendo outra vida cheia de ilusão.
Pode ir meu coração, mas, seu amor nunca.
Pois este estará em mim até o fim.
Este amor criou em mim raiz. Nunca se trunca.
Que a paixão enfatizou a tua imagem.
Como uma flor de açucena e, por mim
Sorverá a água bem antes da estiagem.