~~~ PENAR ~~~
A pena quando pluma, baila e leve oscila.
Qual gota de orvalho do Poetinha, brilha.
Mas a pena pode ser bruta, solidão...
Como na folha de E. E. Cumings, vindo ao chão.
A pena que apena, se injusta, é de dar pena.
Mas se colorida e vestindo a seriema,
a pena se traduz por outros teoremas...
Nem Tales, nem Pitágoras metem a pena!
Aqui vencendo empenas, lá galgando muros,
a pena faz como Nietzsche e seu não futuro....
Flutua livre por aí, na imensidão.
Dentre todas essas penas, afasto apenas,
ver de meus braços, distraída, ir-se Helena.
Cavalo de Tróia a penar no coração!
*em inteiração ao soneto O VENTO E A PENA de Poeta Carioca.