A ELEGIA DO SILÊNCIO

“A Joaquim Augusto da Costa”

P´ los meandros insondáveis desta vida

Há silêncios que temos de ponderar

Que nos fazem porventura questionar

Se é bem melhor, ou não, esta partida.

A vida que te calhou, sempre acrescida

De dores e de ilusões a palpitar,

Trouxe-te, a irmã morte, o despertar

De outra paixão agora renascida.

Finalmente chegou o teu momento

De cada filho teu entrar em cena

Dando-te prova d´ acompanhamento.

Não tenhas pena, Quim, valeu a pena

Descobrires que afinal há um sentimento

Que dará à tua alma uma paz serena.

Se a vida que se vive em intensidade

Tiver esta paixão e acolhimento

É justo o acreditar na Eternidade!

Frassino Machado

In ODISSEIA DA ALMA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 22/11/2017
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