A ELEGIA DO SILÊNCIO
“A Joaquim Augusto da Costa”
P´ los meandros insondáveis desta vida
Há silêncios que temos de ponderar
Que nos fazem porventura questionar
Se é bem melhor, ou não, esta partida.
A vida que te calhou, sempre acrescida
De dores e de ilusões a palpitar,
Trouxe-te, a irmã morte, o despertar
De outra paixão agora renascida.
Finalmente chegou o teu momento
De cada filho teu entrar em cena
Dando-te prova d´ acompanhamento.
Não tenhas pena, Quim, valeu a pena
Descobrires que afinal há um sentimento
Que dará à tua alma uma paz serena.
Se a vida que se vive em intensidade
Tiver esta paixão e acolhimento
É justo o acreditar na Eternidade!
Frassino Machado
In ODISSEIA DA ALMA