Soneto da Melanina

A melanina que ainda aprisiona

e nem sabe porquê o faz,

desconhece ser ela, a dona

de cada destino que traz.

A cor da pele que ela define

não imprime um futuro imutável

e nem a desculpa para um crime

que por si só, é indesculpável.

Ah! Melanina que nos protege

do sol tão cruel e inclemente

não és benta e nem herege.

Apenas desfiguras tanta gente

construindo uma odiosa verve

que por ti, somos homens diferentes.

(www.flaviocbarreto.blogpot.com)

Flavio Chame Barreto
Enviado por Flavio Chame Barreto em 22/11/2017
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