EXTREMO PEDIDO
EXTREMO PEDIDO
Nâo me deixem sob o deleite dos que me detestam
Nem sob o olhar de dor dos meus amigos.
Que seja a morte mais um ato no teatro da vida;
Que seja breve o caminho para o jazigo.
Não preciso de horas exposto aos olhos
Dos que sempre me quiseram assim.
Não estarei nem mais nem menos morto
Sob o olhar dos que gostam ou não gosta de mim.
Aos amigos, os verdadeiros, poucos,
Poupa-lhes a dor da despedida longa,
Olhando um corpo que não os vê nem os sente.
Eles sabem que minha essência, a vida,
Viaja livre, como o vento, pelo universo,
E, Somente esse corpo, ao mundo, me prende.